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PROJETO INTEGRADO SEGURANÇA PRIVADA
Desafios ao campo da segurança: o aumento da criminalidade no Brasil
Desafios ao campo da segurança: o aumento da criminalidade no Brasil
O número de assassinatos aumentou no primeiro semestre de 2020, no Brasil. É o que revelam os
números divulgados pela publicação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Anuário Estatístico
2020, em sua 14ª edição. Já em 2021, na edição do anuário de 2022, o Brasil registrou 22,3 Mortes Violentas
Intencionais -MVI para cada grupo de 100 mil habitantes, sendo então uma redução de 6,5% na taxa de MVI em
relação a 2020.
No entanto, é importante ressaltar que a redução de 6,5% na taxa de MVI em 2021, em relação a 2020,
não ocorreu de forma homogênea nas 27 Unidades da Federação, sendo que, inclusive, em 6 delas houve
aumento no número de mortes. Fatores locais e/ou regionais são igualmente importantes para a compreensão
da tendência da violência letal no país.
São números preocupantes, que evidenciam certa tendência de evolução do quadro crítico de
insegurança no Brasil, mesmo em tempos de pós pandemia global de covid-19.De maneira geral, os anuários de Segurança no contexto brasileiro, ressaltam que a sociedade brasileira
carece de maiores investimentos e atenção para o campo, a fim de minimizar as altas taxas de violência letal
entre outras formas de manifestação da violência que assolam as comunidades em todo território nacional.
Um fator importante a ser ressaltado neste contexto é o modelo de segurança pública e privada
predominante no país, o qual é centrado em políticas de controle social, repressão e encarceramento. Isso
evidencia a falta de planejamento e integração da política de segurança pública às políticas sociais de
assistência, de saúde coletiva e de educação, bem como à gestão privada e todo o suporte oferecido no campo.
Enfim, os números dos anuários, ano após ano, expõem a gravidade da situação de violência local, de
criminalidade e de insegurança pública no Brasil, demandando urgente revisão de modelos de gestão na área,
assim como requer também medidas mais eficazes no âmbito da relação interinstitucional das polícias com os
demais setores sociais da administração pública e privada.
Fonte:
Pontes Filho. Desafios à segurança pública. Texto Adaptado. Disponível em:
https://amazonasatual.com.br/desafios-a-seguranca-publica-parte-80-anuario-2020-aumento-da-criminalidade-no-brasil/.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública – Ano 16-2022. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=5
Agora é com você!
Passo 1: A partir da situação apresentada, considere o conceito geral de consultoria enquanto um processo interativo, executado por uma ou mais pessoas – independentes e externas ao problema em análise – com o objetivo de fornecer à organização ou fenômeno em estudo um ou mais conjuntos de opções de mudanças que proporcionem a tomada de decisão mais adequada ao atendimento das necessidades da organização.
No caso em questão, a gravidade dos números apresentados no Anuário, no que tange à violência,
criminalidade e sensação de insegurança no Brasil implica na necessidade de tomadas de decisões assertivas sob diferentes aspectos a fim de modificar essa realidade.
Perceba que são várias as demandas: assim como expresso anteriormente, este cenário se sustenta em
diferentes pilares como, por exemplo, má gestão e desvio de recursos públicos, modelo de segurança pública e privada essencialmente reativo (e não proativo ou preventivo), falta de planejamento e visão sistêmica – considerando a interconexão com as demais áreas, como saúde, educação e economia.
Nesta tarefa, considerando seus conhecimentos na disciplina de Consultoria em Segurança, analise a
figura a seguir a qual apresenta as fases centrais de um projeto de consultoria:
Figura 1 – Fases do projeto de consultoriaFonte: (SILVA, 2018, p. 58).
Enquanto profissional do campo da segurança, mais especificamente, em Consultoria, imagine que você compõe um grupo de trabalho composto por profissionais do campo da segurança privada, atuando como consultores internos, responsáveis pela criação de um projeto de consultoria que seja capaz de culminar nas decisões necessárias, visando modificar esta realidade alarmante. Antes da elaboração propriamente dita, uma análise geral é necessária para a construção de um entendimento macro da situação. Para esta análise macro, você deve então seguir os passos a seguir:
Partindo do exposto, esta etapa deve resultar em um esquema que responda às perguntas:
– Qual é o problema (ou problemas) que precisam ser resolvidos?
– O que preocupa as partes envolvidas?
– Por que tais partes se preocupam e como tais partes estão relacionadas com os problemas?
– Quais seriam as principais soluções para estes problemas?
– Como essas soluções poderiam ser operacionalizadas?
– Por quem esse projeto precisa ser executado?
Passo 2: Os números apresentados no Anuário em relação a violência, criminalidade e insegurança no
Brasil são alarmantes. Demandando urgente uma revisão no modelo de gestão da área de segurança como um todo. Diante desse contexto a negociação e gestão de conflitos é muito importante. Saber conduzir uma situação que envolve vítima e violência, saber como abordar um criminoso ou suposto criminoso, saber como conduzir e gerenciar situações de conflito são essenciais no âmbito da segurança.
A negociação é conhecida como a primeira alternativa tática na resolução de um incidente crítico, ela é
permeada por ações específicas, integradas e pontuais e, por isso, deve ser levado a cabo por pessoas
adequadamente treinadas, chamadas de negociadores. A segurança, de maneira geral, possui uma estrutura organizada, com pessoas habilitadas para negociações em situações de grande risco, como no caso de reféns, suicidas ou de sequestro. Porém o que vemos muitas vezes são profissionais despreparados na conduta de uma abordagem, seja no caso de um sequestro ou quando existe alguma suspeita.
De acordo com Martinelli (2009), existem três variáveis básicas para um processo de negociação, que são poder, tempo e informação. Diante de todo contexto apresentado e a partir dos conhecimentos adquiridos na disciplina de Negociação e Gestão de conflitos em segurança explique a importância de cada uma dessasvariáveis quando se trata de uma negociação que envolve uma vítima.
Passo 3: Quando se pensa em soluções para a melhoria da segurança tanto pública quanto privada, o
uso da tecnologia ainda ocupa um espaço modesto. A mudança de atitude precisa ser urgente e rápida. Por exemplo, na China, que é referência mundial no uso de big data e tecnologias de reconhecimento facial para segurança pública, a previsão é de que o número de câmeras de vigilância nas ruas das cidades chegue este ano a 560 milhões. Em 2018, eram 200 milhões. A vigilância, de acordo com o governo chinês, reduz a criminalidade no país (AQUINO, 2021).
Pensando na SP apresentada, com foco na sua região, crie um projeto de TICs (descreva, no mínimo, três exemplos de tecnologias que poderiam ser aplicadas) em segurança pública ou privada, que podem corroborar com a mitigação da pandêmica situação de violência, de criminalidade e de insegurança no Brasil.
Bibliografia indicada:
AQUINO, C. Como a tecnologia pode ajudar a segurança pública nas cidades. 2021. Disponível em:
https://www.moneytimes.com.br/cristian-aquino-como-a-tecnologia-pode-ajudar-a-seguranca-publica-nas-
cidades/.
MORETTI, C. Negociação e Gestão de Conflitos em Segurança. Londrina: Editora e Distribuidora S.A, 2018.
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Manual de consultoria empresarial: conceitos, metodologia, práticas. 13 ed. São
Paulo: Atlas, 2015
SILVA, N. R. F. da. Consultoria em segurança. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.